domingo, 27 de setembro de 2009

Chorume

Vamos nos mecanizar, americanizar
Amar o óbvio imposto pelos porcos
Sujar de lama a consciência limpa
E senti-la mais limpa após o gozo

E gozar

Gozar dos bons
Dos falsos bons
E aplaudir os carrascos pela dignidade
Pela maldade sincera, sinceridade quase extinta

Desfaça tua cara de espirro
Quero te sentir por dentro
Ver se há um dólar ou um cifrão
No lugar de um deficitário coração

Quero procurar entender
Se você, seu velho com seus jogos,
Domina a razão e emoção
Ou se a razão monetária
Fez-te prisioneiro de ti mesmo
Fazendo tua mente pensar
Que a vida é apenas a ausência da morte
E a morte nada mais que tua vontade

Diga-me, sanguinário conspirador,
Se ainda controla tua voz louca
Se teu modelo de inquisição à bala
É mais viável que a tortura a quebrar ossos
Afinal, não queres extrair confissão alguma,
Queres que se cale pra que não diga nada
Não pense nada, não seja nada

Cobrir-vo-eis de honrarias
Pois com os corpos adubas bem a terra
Onde brotará mais um filho teu
Que se alimenta de defuntos podres
E é desprezado pelos vermes.

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Legal!!!!
    Agora tem que gravar melhor pra poder postar o som. Vamo mandá um stopmotion pro clipe?? heueuheuheuheueh
    abraços

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  3. Certeza... ahahha.... quanto mais arte melhor!!
    Bota aquele bonequinho que vc fez baseado em mim... hehhehehe.... aí tem que fazer um de vc!!!
    hhehhehe

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  4. ieié! Enfim te achei também por esses mundos mudernos, como diria o Stenio.
    E não é que sem querer me deparo com um roteiro da tal pornô-chanchada atualíssima!!!!!
    Muito bom, Heraldo!!

    grande abraço!

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